segunda-feira, março 26, 2018

O estranho que nós amamos

The Beguiled, o filme de 1971, tinha Clint Eastwood no papel do cabo ianque John McBurney, contracenando com Geraldine Page como Miss Martha, dirigidos por Don Siegel, o especialista em policiais que se tornou conhecido como diretor da franquia Dirty Harry.

The Beguiled, o filme de 2017, tem Colin Farrel no papel do cabo John e Nicole Kidman na pele de Miss Martha, sob o comando de Sofia Coppola, que conquistou o mundo com Lost in Translation.

Os dois baseiam-se no livro A Painted Devil (1966), de Thomas P. Cullinan. A articulista do Huffpost, Jennifer Queen, afirma que o "livro é muito mais feminista do que o remake de Coppola".

Não vou entrar nessa discussão, mesmo porque pode existir uma diferença entre perspectiva feminina e feminista.

Seja como for, O estranho que nós amamos (sim, este é o bizarro título nacional do primeiro e do remake) é uma espécie de A casa das sete mulheres, versão norte-americana.

Três mulheres e quatro meninas se tornam anfitriãs e salvadoras de um cabo inimigo ferido. A história se passa no Sul e o cabo é nortista. Todas as sete acabam se encantando pelo sedutor jovem (daí o termo beguile, que significa encantar, seduzir). O próprio rapaz também fica meio perdido, sem saber direito a quem direcionar o seu interesse. As três adultas entram em competição mais acirrada: Miss Martha (Nicole Kidman), Edwina (Kirsten Dunst) e Alicia (Elle Fanning). As idades delas não são mencionadas, mas calculo que sejam 50, 35 e 19. 



Como vai acabar esta história?

O que vai acontecer com esses personagens quando o ferimento do cabo John estiver curado e ele estiver prestes a ir embora?

Nesta pérola de humor negro que revela o melhor e o pior do ser humano, Sofia Coppola mostra que continua construindo uma filmografia coerente e de "grife". 



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