segunda-feira, janeiro 07, 2013

John Carter - entre dois mundos

 

 

 

 

Só a mente imaginativa de um Edgar Rice Burroughs (1875-1950) conceberia o improvável romance entre um contemporâneo da Guerra Civil dos EUA com uma princesa marciana. Só um diretor como Andrew Stanton (cujo currículo invejável abrange dois Oscar de Melhor Animação, a saber, Procurando Nemo e Wall-E) teria o cacife, a tenacidade e a sensibilidade de transpor ao cinema, com verossimilhança, uma ideia aparentemente estapafúrdia como essa.
O aventureiro e explorador John Carter (Taylor Kitsch) envia uma carta ao sobrinho Edgar, convocando-o para visitá-lo depois de um tempo sem se comunicarem. Chegando lá, Edgar se depara com o tio morto, um testamento e um manuscrito em que o tio relata suas inimagináveis aventuras.
Essa é apenas a premissa de um filme com foco na ação e no ritmo. Tanto que muitas cenas de "contextualização" foram impiedosamente cortadas, como mostra o diretor nos extras, a bem de preservar a cadência e tornar o filme mais ágil. Carter narra ao sobrinho como foi parar em Marte e como conheceu o povo Thark. A propósito, os dois principais líderes do povo que tem altura avantajada, pele esverdeada, aspas torcidas e quatro braços são interpretados por Thomas Haden Church (Tal Hajus, o líder vilão) e Willem Dafoe (Tars Tarkas, o líder do bem). Mas quem domina o foco da narrativa é a bela princesa marciana Dejah Thoris (Lynn Collins), de Helium, que foge para não ser obrigada a se casar com o líder da cidade rival, Zodanga. É se deixar embarcar na mitologia criada por Edgar Rice e se maravilhar com as criaturas de outro mundo - e as emoções do nosso.

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