domingo, setembro 27, 2009

A verdade nua e crua

Este filme do mesmo diretor de Legalmente loira (2001) e A sogra (2005) foi roteirizado por três mulheres. Esse fato poderia levar alguém a pensar que a sua linguagem seria delicada. Sem dúvida, num filme rotulado como "comédia romântica" escrito por três mulheres, a palavra mais falada seria "amor". Entretanto, The ugly truth (A verdade nua e crua) contém um festival de palavras de baixo calão, e a palavra de quatro letras mais usada certamente não começa com l de love e sim com f***. Claro que as moças autoras do roteiro tiveram o cuidado de colocar essas palavras na boca de um homem, Mike Alexander (Gerard Butler), apresentador de um polêmico programa de TV que recomenda mulheres queimarem livros de autoajuda e aprenderem a conquistar os homens pelas curvas e pela habilidade sexual. No dicionário de Mike nem existe a palavra amor. O programa tem o mesmo nome do filme e elevada audiência apesar de ser de uma emissora pequena. Eis que a emissora maior onde trabalha a produtora Abby Richter (Katherine Heigl, de Ligeiramente grávidos) contrata a nova sensação. Mas o problema é que Abby abomina o tipo de TV feito por Mike, sensacionalista e vulgar. Os dois terão que aprender a trabalhar juntos e, neste meio-tempo, Abby terá que aprender a conquistar um homem (no caso, o médico interpretado por Eric Winter) e para isso vai contar com os sábios conselhos de Mike. Butler está impagável em várias cenas e Heigl não deixa por menos, protagonizando cenas hilárias como as retratadas aqui neste post (a do jogo de beisebol, e a cena do restaurante, em que Abby está vestindo uma calcinha com dispositivo para massagear o clitóris cujo controle remoto acaba caindo na mão de um menino). A verdade nua e crua é que The ugly truth mantém a coerência e a qualidade relativa da carreira de Luketic.

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