segunda-feira, março 19, 2007

A Rainha e Maria Antonieta


Stephen Frears e Sofia Coppola. A monarquia britânica do século XX e a monarquia francesa do século XVIII. Helen Mirren e Kirsten Dunst. O comedimento de Elisabeth e a extravagância de Maria Antonieta. Em comum nos dois filmes, o retrato da frivolidade real: caçadas e mais caçadas para preencher o tempo de reis, cônjuges, príncipes e congêneres. Caçadas de Louis XVI e sua comitiva, assessorados por uma matilha de cães; caçadas do figurativo marido da Rainha Elisabeth, com os netos, filhos de Diane. Um Oscar de Melhor Atriz e um de Melhor Figurino. Frears retrata os bastidores da morte de Diane, que coincidiu com a posse do primeiro ministro Tony Blair (Michael Sheen), e a forma com que Blair convenceu a Rainha a ouvir o povo e alterar a postura distante e aparentemente insensível.
Sofia Coppola, inspirada no livro da historiadora Antonia Fraser,
conta a jornada da jovem Maria Antonieta, enviada aos 14 anos da Áustria para a França se casar com Louis, neto do rei (que traça uma cortesã) (ninguém menos que Asia Argento). Louis não consegue 'consumar' o casamento; neste meio tempo o rei falece, levando ao poder o jovem casal.
A visão da diretora Sofia Coppola (Virgens Suicidas, Encontros e Desencontros) é condescendente em relação aos desvios (?) morais e sexuais de Maria Antonieta. O melhor do filme é a trilha sonora, que resgata canções de New Order, Joy Division, Siouxsie & The Banshees, Cure, e dá uma chance aos Strokes.


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